Acabou de chegar às livrarias, neste ano (2015), a biografia do renomado neurologista Dr. OLIVER SACKS (1933). Inglês de nascimento, emigrou para os Estados Unidos em 1960, dando continuidade aos seus estudos médicos na área da neurologia.
Tal qual Sigmund Freud (1856/1939), Dr. Sacks vai se ocupar dos pacientes esquecidos nos hospitais: “(…) fiquei surpreso ao saber que alguns dos pacientes estavam assim fazia trinta ou quarenta anos…”
Era 1966: Dr. Sacks se deparava com pacientes com a estranha síndrome pós-encefalítica. O neurologista diz que o que fora descartado pelos seus colegas – “(…) hospitais de doenças crônicas – você nunca verá nada de interessante nesses lugares…” – para ele “(…) se revelou o exato contrário: uma situação ideal para ver o desenrolar de uma vida.”
Cuidando de seus pacientes não só como portadores de estranhas síndromes, mas como pessoas, o Dr. Sacks nos diz que vê seus pacientes como “(…) seres diferentes, como formas de vida extraordinárias. ” É deste período de trabalho do médico neurologistas que nasce o livro “Tempo de Despertar”, depois tornado filme por Hollywood, estrelado por Robert De Niro e Dustin Hoffmann.
Sempre em movimento, uma vida é de um lirismo que nos arrebata pela humanidade que transpira de forma sensível na sua prosa poética.
Desta forma, Dr. Sacks nos permite ver o humano além do drama que vivenciam os portadores de síndromes neurológicas, e nos faz vislumbrar o humano no neurologista, aquele que mesmo indo longe demais, desbravou novos horizontes e foi longe.