Há alguns dias atrás, um colega me procurou para saber se eu saberia dizer o que é “ Síndrome Neurológica Autônoma “. Lhe disse que não conhecia esse diagnóstico, mas comecei com ele a seguinte análise:
Síndrome: é um conjunto de sinais e sintomas, que nos dizem que algo não está bem;
Neurológica: diz respeito ao sistema nervoso central ou periférico ou autônomo;
Autônoma: diz respeito a várias funções do nosso organismo que são realizadas de forma autônoma, como: respiração, circulação sanguínea, controle da temperatura e digestão.
Depois desta análise perguntei a ele quem tinha recebido este diagnóstico e por quê.
Ele então explicou que sua namorada havia passado mal no dia anterior e o chamou. Estava com taquicardia, suando frio, trêmula, não conseguia respirar, estava com muito medo, achava que ia morrer. Acrescentou que a levou ao pronto socorro e o médico que atendeu deu este diagnóstico – Síndrome Neurológica Autônoma, e receitou um medicamento utilizado para estados de ansiedade generalizada.
Questionei se sua namorada estava passando por alguma situação difícil no momento.
Sim respondeu ele, os dois há poucos dias foram morar juntos e a namorada muito ligada à mãe, estava sentindo muita dificuldade para se adaptar.
Conclui com ele, primeiramente, que o médico que atendeu a sua namorada nomeou de forma rebuscada uma patologia que está se apresentando muito regularmente nos dias atuais.
Pontuei que sua companheira estava passando por uma mudança grande na vida, o que a estava deixando muito angustiada, e havia passado por uma Crise de Pânico. Sugeri que ela procurasse um psicólogo para falar de suas angústias, compreender seus medos sem precisar atuá-los em crises de angústia.
Cláudia Cristina Dadalt
CRP 08/8345
Maio/2017